17 de jun. de 2017

ciclo estral da égua



O ciclo estral da égua, ou simplesmente cio, é o período correspondente ao intervalo entre uma ovulação e a ovulação subsequente. O conhecimento e a manipulação da duração do ciclo estral equino e suas fases têm-se tornado muito importante com a crescente utilização de técnicas de inseminação artificial e transferências de embriões na espécie. A quantidade limitada de sêmen congelado e o alto custo no transporte de sêmen refrigerado de garanhões tornam necessária uma diminuição do número de inseminações por ciclo para não inviabilizar economicamente a técnica. Para tanto, tem-se procurado conhecer melhor a duração dos componentes do ciclo estral, bem como o momento exato da ovulação e o momento ideal de se realizar a inseminação. Apesar de poliéstrica, anual ou estacional, muitas éguas em função da latitude exibem atividades ovarianas máximas durante o período de primavera-verão. Nos meses de inverno, essa atividade é bem reduzida e é conhecida como anestro sazonal. Entre os meses de ciclicidade e os meses de anestro existe um período conhecido como período de transição no qual a é apresenta atividade ovariana, porém essa não é eficiente no sentido de haver ovulação. Isso ocorre novamente entre o período de anestro e o período de ciclicidade. O fator determinante deste comportamento de variação é a duração do período de luz/dia, ou fotoperíodo, mas outros fatores como nutrição, temperatura e estado sanitário podem alterar os padrões de ciclo estral. O ciclo estral normal na égua é de um ou dois dias maior que na vaca (22 ± 3 dias), sendo que o período de estro é o fator mais variável e responsável pelas grandes alterações na duração do ciclo estral, uma vez que o diestro é mais ou menos constante entre os animais da espécie.

O estro na égua é marcado por um período de receptividade sexual bem característico, mas em algumas éguas só é perceptível por meio do acompanhamento folicular por exame ultrassonográfico, uma vez que as manifestações psíquicas não são demonstradas (cio silencioso). Essa manifestação é muito comum no período conhecido como “cio do potro”, que ocorre entre 5° e o 15° dia pós-parto.


Diestro


Na égua, o padrão de desenvolvimento folicular é menos definido que na vaca, e esse pode determinar não só uma longa duração no período de estro, como também uma elevada incidência de ovulações múltiplas, mais comuns em animais de raças de salto e da raça Árabe.A maioria das ovulações ocorre de 24 a 48 horas antes do final do estro. Essa relação do momento de ovulação com o final do estro dificulta sua determinação exata, prejudicando muitas vezes a utilização de programas que envolvam sincronização de cio, como no caso da utilização de inseminação artificial, da transferência de embriões e até da IATF. Com esse índice de variação do ciclo estral tão alto entre as espécies e até mesmo entre indivíduos, faz-se necessário um estudo prévio do histórico reprodutivo de cada égua já que suas características tendem a se repetir de um ciclo a outro e de uma estação a outra. Fazendo isso, conseguiremos um maior número de animais nascidos numa estação de monta, uma economia em envio e utilização de sêmen congelado, lotes de nascimentos mais homogêneos e com indivíduos mais prontos para as competições de potros, tão exigentes nos dias de hoje. Assim se faz um campeão.


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